sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Resenhar

você já teve aula de Comunicação e Linguagem Científica? ou dependendo do curso Metodologia de Pesquisa, algum derivado? Você com certeza aprendeu a fazer resenha então. Mas a sua professora te passou o exercício chato de ter que fazer uma? Com certeza passou, mas não na semana que você tem provas e precisava estudar ao inves de ficar quebrando a cabeça numa resenha certo?
Tudo bem, eu até me diverti, afinal o tema foi livre e eu pude me deliciar com meu livro preferido: "A menina que roubava livros".
Como o trabalho ficou até mais ou menos e como eu gosto muito do livro, colocarei o resultado aqui. Indico o livros para quem ainda não leu, vale a pena!

Ai vai:


Markus Zusak é um jovem autor de 35 anos. Conhecido principalmente por seus livros infanto-juvenis. O marco de sua carreira aconteceu em 2006 com o lançamento de “A Menina que Roubava Livros.”
O autor australiano cresceu a ouvir seu pai contar histórias da Alemanha Nazista e conseguiu conciliar muito bem essas histórias a uma ideia que já tinha anteriormente, a de uma personagem roubadora de livros. "Nós temos essas imagens das marchas em fila de garotos e dos 'Heil Hitlers' e essa ideia de que todos na Alemanha estavam nisso juntos. Mas ainda havia crianças rebeldes e pessoas que não seguiam as regras e pessoas que esconderam judeus e outras pessoas em suas casas. Então eis outro lado da Alemanha Nazista", disse Zusak numa entrevista com o The Sydney Morning Herald.
Em seu livro, o autor australiano consegue fugir de toda uma estrutura padrão, começando pelo narrador da história: a morte. Poético, assustador, emocionante, sarcástico, inteligente, o texto é envolvente até a última página. Mostrando como as palavras podem mudar a vida das pessoas, mesmo em meio a situações adversas.
Liesel Meminger é a garota de quem a morte resolve contar a história. Em meio à guerra, com tantas mortes, a menina se encontra três vezes com a narradora do livro, e a passa por ela às três vezes.
Abandona pela mãe, viu seu irmão mais novo morrer no caminho de sua nova casa. No enterro de seu irmão, numa cidadezinha no meio do nada, o coveiro deixa cair o seu livro de bolso, O Manual do Coveiro. Foi o primeiro livro que Liesel roubou. Ela viveu os próximos quatro anos em uma cidade próxima de Munique com um pai acordeonista e uma mãe lavadeira rabugenta. Ai desenvolve-se toda a história. A menina aprende a ler com o Manual do Coveiro, brigou, sentiu raiva das palavras, mas se reconciliou com elas. As palavras a principio faziam com que ela se lembrasse de seu irmão, era sua última lembrança dele. Depois os livros se tornaram sua maior paixão, sua razão de viver. E foram as palavras que a salvaram.
Novas histórias vão se misturando com a Liesel no decorrer do livro. A de seu pai acordeonista, sobrevivente da Primeira Guerra. A de sua mãe, lavadeira rabugenta com um ótimo coração. A do garoto Rudy, seu melhor amigo e o amor de sua vida. A do judeu Max, que ousou a apagar as palavras de Adolf Hitler para escrever uma nova história à Liesel. A da mulher do prefeito, com sua enorme biblioteca e sua tristeza incompreensível.
Todo esse drama mostra ao leitor a Segunda Guerra sob uma nova perspectiva, onde alemães também são boas pessoas e lutam para sobreviver em meio a tantas dificuldades e inconstâncias. Toda a história remete a uma reflexão sobre o poder transformador das palavras. Todas as entre linhas dão a certeza de que a vida não é fácil, mas vale a pena ser vivida.
O livro foi um marco para literatura do mundo todo. Permaneceu durante 43 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times. Hoje, o autor vive em Sydney, na Austrália.

beijos beijos beijos
que seja uma ótima semana, de provas.

Um comentário:

  1. Mari
    Adorei. Muito interessante mesmo a história do livro. Fiquei até com vontade de ler.
    Vc escreve muito bem. Parabéns.
    Ótima resenha.

    Beijão e vai ser uma ótima semana de provas!!

    ResponderExcluir