quinta-feira, 4 de agosto de 2011

a inconstância da vida

Uma notícia me deixou indignada semana passada. Não pela notícia em si, mas sim pelo modo triste como foi transmitida. Fiquei indignada porque em meus pensamentos isso já era um fato. Entretanto eles precisavam ouvir o médico dizer isso. Depois da indignação chegou o incomodo, medo, necessidade de tomar uma atitude de mudar algo que não se pode ser mudado.
Comecei a ler sobre o assunto e não achei o que queria. Eu queria que alguém me dissesse que conseguiu vencer a doença, que está conseguindo pelo menos lidar diariamente com ela. Mas tudo que eu encontro para ler são sintomas, explicações médicas simplificadas e relatos de morte. E quanto mais eu lia, mais desesperada eu ficava. 
O que me fez refletir sobre a inconstância de nossa respiração, de nosso corpo, de nosso humor, de nossas vidas. Podemos acordar bem e ter um ataque cardíaco sem aparente justificativa. E as vezes eu acho que é melhor morrer assim. Sofrer de uma doença degenarativa é como se despedir da vida a cada manhã e ao mesmo tempo sentir seu corpo se deteriorizando a cada noite. 

Ainda há muito o que ser lido e pesquisado sobre o caso. Ainda haverá muitas reuniões e discussões chatas em família. Mas será mesmo que ainda há muito tempo?
Estou assustada, só agora percebi que precisa ser feito alguma coisa. Não sei o que mudou, porque eu já sabia que a doença existia, mesmo antes da médica ter dito, mas mudou alguma coisa. 
Não sei se pelo meu avô, para polpar o sofrimento de minha mãe, ou se por ambos, mas alguma coisa realmente precisa ser feita. 

Li hoje: "Minha mãe foi virando um vegetalzinho..." Tentei imaginar a cena... Assustadora demais essa doença. E fica pior ainda quando você percebe que ela está dentro de sua família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário