quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Bienal, doce Bienal

Tentei de diversas formas escrever. Tentei fazer algumas milhares de comparações. Só agora consegui entender que a Bienal do Livro para uma apaixonada por literatura como eu não pode ser descrita em apenas um texto. A Bienal é de muitas histórias, de muitos momentos, de muitos sorrisos inesquecíveis.
Só agora entendi que eu jamais conseguiria descrever 9h dentro do Rio Centro em apenas uma história.

Depois do almoço começou de fato o passeio. E é incrível como tudo isso ainda me fascina. Como todo esse mundo é tão difícil de ser explicado. Três pavilhões com mais mais de um milhão de livros. Andar por ali era como estar sob efeito de alguma droga, de algum anestésico. A vontade incontrolável que eu tinha era de comprar absolutamente tudo que eu via pela frente. Tá, isso foi um pouquinho exagerado, mas a vontade que eu tinha ao ver um livro de R$ 3,00 de um assunto que poderia me interessar era certamente essa. Claro que eu sei controlar meu espírito consumista e ser racional o suficiente para comprar o que valia a pena e o que eu tinha certeza que me faria feliz depois.
A maior questão é que naquelas horas que passei ali dentro não consegui senti absolutamente nada além da vontade louca de estar ali. Eu ficaria a vida toda olhando cada estante daqueles estandes. Eu leria cada sinopse de cada livro só para saber que eles existem, para conhece-los e poder compra-los e lê-los depois, um dia.
Talvez seja uma comparação esdruxula demais, mas foi quase como entrar em um campo de futebol e ver seu time arrasando. Foi quase como ver a banda favorita cantando e apontando para você. Talvez até a Bienal, ou, os livros, sejam a minha banda favorita. E cada autor ali represente de alguma forma um cantor com quem eu me identifique. A questão é que não é um gostar que possa ser explicado. (como se algum gostar pudesse! ¬¬) Não quero entrar no âmbito gosto, por não ter muita certeza sobre como argumentar sobre o assunto. Fato é que gostei, que gosto, que me faz bem, que me faz feliz. Feliz de um modo que não se explica, feliz de um modo doentio. Feliz, simplesmente feliz.



O dia passou sem que eu se quer percebesse. Eu andei muito, olhei muitos livros, e só me dei conta de que minhas pernas não estavam mais respondendo quando as 18h minha mãe disse que não aguentava mais andar. Então paramos um pouco e logo depois retomamos, ainda faltava a fila de autógrafos do Ziraldo (que vai vir em uma outa história)!
Só as 21h senti que precisava parar, que era hora de ir para casa, que eu já havia me divertido mais que o suficiente para uma mortal em um dia só. Sai do Rio Centro com três novos livros que poderei chamar de meu. Para alguém que tem um mini biblioteca em expansão em casa foi pouco, claro. Mas sai feliz, como uma criança que ganhou o seu doce preferido. (o que não deixa de ser, com certeza) Na verdade o que importa não são os livros que levei para casa e sim o contato que tive com todos os outros ali. Os que vieram morar comigo são apenas uma consequência de um dia como esse.



Por mim eu moraria os 11 dias de Bienal no Rio Centro, não para comprar livros, mas para ficar entre eles. É uma pena que precisar ser uma pessoa sensata e não poder fazer isso. É a Bienal passou contraditoriamente rápida considerando o tempo que ela demorou a chegar. Tchau Bienal, querida. A gente se vê em dois anos! :)

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