terça-feira, 9 de outubro de 2012

a vida parou

Aquele momento em que sua vida meio que para e você não consegue enxergar um caminho para seguir. Como se todas as portas tivessem se fechado e como não fizesse sentido nenhum nada do que você está fazendo. Até porque você tem feito pouquíssimas coisas e talvez esse sentimento de nada faz sentido seja exatamente esse.
A vida parou e eu tenho horror a ficar parada. Me acostumei a ter algum tipo de estímulo, a ter motivos para levantar da cama todos os dias. Me acostumei a te rum objetivo e uma busca.
Aquele momento em que você pensa em tudo que planejou para sua vida e vê que não realizou nem metade do que queria e que percebe que o tempo não para nunca. Sábio mesmo era o Cazuza, que já sabia disse desde a década de 80.


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para