sábado, 15 de fevereiro de 2014

A menina que roubava livros - o filme

Devo ter ganhado o livro logo depois que foi lançado em 2007 ou 2008. Desde então eu li inteiro pelo menos três vezes. Se tornou me livro de cabeceira, minha enciclopédia preferida, o amor da minha vida, a idealização de escrita. Eu não preciso dizer que o meu exemplar está todo marcado, grifado, pitando e um tanto quanto sujo.
Já contei sobre a história aqui (se você não conhece a história, leia o post antes de continuar esse texto por favor.) e hoje pretendo falar do tão (pelo menos por mim) esperado filme.

Fui ver no cinema domingo passado num dia de febre e garganta inflamada. Prometo que vou somente fazer a critica e não contar o filme, caso tenha algum caso de spoiller, eu volto e aviso antecipadamente.

Minha maior expectativa e claro, por consequência, minha maior decepção: a narração da morte
É o que particularmente mais me fascina no livro e por isso desde que eu soube que o filme seria lançado fiquei esperando por algo muito bom. Mas, o que é o destaque no livro não foi destaque no filme. Não sou roteirista e não tenho ideia de como desenvolver isso, mas esperava uma voz feminina, apática e com algumas passagens em específicas do livro como por exemplo algumas "verdadezinhas" que ela conta parando um momento da história. Eu realmente esperava essa pausa.

Minha maior surpresa: as atuações
Impecáveis é uma palavra que define muito bem. Especialmente da menina que interpretou Liesel (que desde o trailer era o meu "pé atrás". O olhar penetrante de todos eles foi algo que realmente me surpreendeu. O ódio, a esperança e a dúvida foram extremamente bem colocados através dos olhares dos atores, bem como "sentido" enquanto eu lia o livro. Apesar de também se decepcionar com a Rosa, porque eu esperava que ela fosse gorda como no livro, ela foi indicada ao Óscar, então me recuso a fazer qualquer crítica a sua atuação. :p

O cenário e os figurinos também estão muito bem colocados. Esperava a Biblioteca do Prefeito muito maior.

A adaptação do roteiro foi muito boa, o que faz com que o filme seja um bom filme, em minha humilde opinião. A história foi coerente e transmitiu com a linguagem cinematográfica a história e a essência que o livro pretende. Eu, como fã, tinha minhas cenas preferidas e algumas delas não entraram, óbvio! Mas não posso ser hipócrita o suficiente em falar que essas cenas que não entraram prejudicaram o entendimento geral do filme.

Conclusão geral é que vale a pena assistir, simplesmente pelo fato de que é uma boa história. E "quando a morte conta uma história, você deve parar para ouvir"


sábado, 1 de fevereiro de 2014

case-se

Um de meus sonhos de vida sempre foi casar-se. Julguem-me feministas e sociedade metida a moderninha. Sim, eu sempre tive o sonho americano de morar em um casa sem portão com um marido lindo, rico e médico e filhos gêmeos. Só não curto muito o animal de estimação porque ia dificultar minhas viagens. Mas não ligaria se alguém de minha família quisesse ter.
Essa semana eu li um texto sobre casar-se que me emocionou (leia aqui). Julguem-me pseudo intelectuais, eu também leio blogs fúteis de menininhas. Mas bom, fiquei pensando sobre o casamento. Na verdade tenho tido várias reflexões sobre relacionamentos depois que comecei a ler "Comprometida", c continuação de "Comer, Rezar e Amar" da querida Liz Gilbet.

Bom eu já morei em uma casa sem portão, então o sonho já foi metade realizado.

Antes de mais nada, se liguem na definição de casamento:
Significado de Casar (de acordo com esse dicionário online)

1. v.i. Unir pelos laços conjugais.
2. V.t. Dar em casamento: casar uma filha.
3. Fig. Juntar, unir, aliar: casar o útil ao agradável.
4. V.pr. Contrair matrimônio.
5. Juntar-se, unir-se.

Gosto especialmente da definição 3.

Casar é como dividir a sua vida com o próximo e comecei com minhas abstrações que o próximo pode ser um país, uma música, um cantor ou mesmo um amigo. Então o meu próximo lema de vida é: case-se.
Porque o casamento te ensina a dividir, a cooperar, a ceder, a reconquistar, a lutar, a acreditar, a pensar menos eu e mais nós. E talvez o mundo precise mas do nós.
E mesmo que tudo der errado, pelo menos você conheceu alguém ou algo. Pelo menos você aprendeu mais sobre o nós.

Mas a dica é casar-se várias vezes, com muitas coisas, lugares e pessoas diferentes e ao mesmo tempo. Case-se com data de validade, com contrato assinado podendo ser renovado depois de um tempo. Mas case-se, entregue-se como se fosse a última coisa que você pudesse fazer na vida. Vá morar na Groelândia porque você quer casar-se com pinguins, mesmo tendo certeza que odeia o frio. Então faça um contrato com os pinguins de 6 meses. E case-se. Assim mesmo, vá e dê tudo de si, vá e abra mão de você mesmo por aqueles pinguins. Case-se e não pense que o Brasil você poderia estar pegando uma praia com sol de 40 graus. Só se sinta feliz por estar casada com os pinguins.

Algumas pessoas de minha família são casada há mais de 25 anos e observando toda essa relação uma coisa que aprendi é que casamento é doação de todos os lados. Por isso eu preciso dizer o quão importante é o casamento. O mundo inteiro precisa de mais doação ao próximo.